DOM MAURO MORELLI
Bispo emérito da Diocese de Duque de Caxias e Presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais(CONSEA-MG)
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
PAZ E BEM
MUTIRÃO DA VIDA NA TERRA
Vamos caminhar juntos em Mutirão pela Vida na Terra cuidando, produzindo e repartindo, sem acúmulo e desperdício. pic.twitter.com/GHQc8ov3c3
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RECEBER E PARTILHAR, CUIDAR E AGRADECER...
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Papa assina mensagem com benção apostólica
Em 27 de março de 2015, o Papa Francisco assina mensagem com bênção apostólica pelo meu jubileu de ordenação pastoral em 28 de abril de 1965.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
VENDA A CASA DO BISPO!
Sugestão do bispo d. Mauro
Morelli ao prefeito para ajudar crianças pobres
por Luciana Nunes Leal - RIO
07 Fevereiro 2015
Mérito. Em plena atividade, D. Mauro chega aos 50
anos de estrada social e 80 de vida
Em julho de 2003, d. Mauro Morelli, então bispo da
diocese de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, sofreu um grave acidente de
carro, ficando dez dias em coma induzido e um mês e meio internado. Entre as
muitas lembranças que tem desse período está o “olhar de urubu” de amigos que o
visitavam sem acreditar em sua recuperação. Um deles foi um colega religioso.
“Ele, com a barriga enorme, olhava como quem diz ‘é, Mauro, você já foi’”. Eu
pensei: “Se você não cuidar dessa barriga, vai na minha frente. E ele foi”, lembra
o bispo entre risos.
D. Mauro ficou curado e, em 2005, renunciou ao
cargo de bispo diocesano, tornando-se emérito. Em 17 de setembro ele fará 80
anos. Em 25 de janeiro, completou 40 anos da ordenação como bispo. Comemorou a
data com uma celebração na véspera no Santuário Nacional de Aparecida. Em 28 de
abril, serão 50 anos de sacerdócio. Em meio aos muitos aniversários deste ano,
d. Mauro está em plena atividade à frente do Conselho de Segurança Alimentar de
Minas Gerais e viaja pelo País em seminários e audiências sobre combate à
desnutrição, preservação ambiental, direitos humanos. “É uma missão que
ultrapassa as fronteiras da Igreja”, diz.
Foi a chegada a Duque de Caxias, onde trabalhou por
24 anos, que despertou em d. Mauro a atenção para o problema da desnutrição
infantil e o fez mergulhar na causa da segurança alimentar. “Fiquei
impressionado. Isso me perturbou muito. Saí pela diocese desafiando as pessoas
a fazerem alguma coisa”, lembra. Com a colaboração de quase mil voluntários e
três universidades, criou um mutirão materno-infantil que chegou a 40 mil
crianças. “Eu dizia para o pessoal: ‘Antes de pesar e medir a criança, encoste
a criança no seu peito, para ela sentir o calor de sua humanidade e você sentir
a fragilidade dela’. O prefeito se viu obrigado a criar uma política pública.
Eu disse a ele: ‘Se for preciso, venda a casa do bispo’, que era a minha.”
D. Mauro chegou à Baixada Fluminense vindo de São
Paulo, onde era auxiliar do arcebispo, cardeal d. Paulo Evaristo Arns, que teve
a atuação pastoral voltada para a periferia, a criação das comunidades
eclesiais de base e foi um dos principais ativistas contra a ditadura militar,
pelo fim das torturas e volta da democracia. D. Mauro trabalhava na região
episcopal de Santo Amaro, área pobre da zona sul paulistana.
Em cinco horas de conversa com o Estado, na pousada
de um amigo em Itanhandu (MG), o bispo emérito lembrou diversos episódios de
resistência ao regime militar, entre eles a manifestação de 1º de maio de 1980
durante a histórica greve dos operários do ABC - marco de uma radical mudança
no movimento sindical brasileiro. Mais de 100 mil pessoas decidiram contrariar
a proibição de manifestações e foram para a rua, onde forte aparato policial
estava pronto para a repressão. Mas o governo determinou a suspensão da ação
policial. “Considero que naquele dia a ditadura caiu”, diz d. Mauro. “Homens e
mulheres com crianças no colo e flores na mão fizeram o governo recuar.”
Na mesma ocasião, ainda em Santo Amaro, o bispo
ajudou movimentos sociais que organizavam um protesto contra o alto custo de
vida a driblar a proibição de manifestação. “Se não pode ser na rua, abro a
catedral”, decidiu, enquanto negociava com as autoridades policiais.
No Rio, d. Mauro passou a conviver com mais
frequência com o conservador arcebispo da capital, cardeal d. Eugênio Sales, o
representante da Igreja brasileira mais influente no Vaticano, onde ocupou
vários cargos de grande prestígio. “Eu costumava dizer que a diferença entre d.
Eugênio e este pecador aqui é que ele olha o mundo do alto do Sumaré (morro
onde ficava a residência oficial do arcebispo) e eu olho da Baixada Fluminense.
Ele tinha uma vista bonita e eu escutava tiro toda noite, via enchente, criança
desnutrida com o intestino de fora”, lembra. D. Mauro ajudou a fundar o
Movimento Ética na Política e, com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho,
atuou na Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
Bem adaptado à tecnologia, é um usuário assíduo do
Twitter. No limite dos 140 toques faz reflexões e comentários sobre vários
temas, de filosofia e política ao cotidiano de Penápolis (SP), cidade onde
cresceu e voltou a viver no ano passado. No início do ano, publicou no Twitter
que o ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Patrus Ananias, era “uma
luz no ministério” da presidente Dilma Rousseff. “Acredito que Dilma está
fazendo o que ela não gostaria de fazer, mas são ajustes dentro do que o
mercado exige”, avalia. “Os governos são esquizofrênicos, o Estado brasileiro
não passou por um pacto social. Um exemplo da esquizofrenia: existe o
Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Quem tem o
poder na mão? O da Agricultura”, critica.
Até a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, em 2002, d. Mauro tinha forte ligação com o PT, onde trabalhou na
elaboração de projetos de segurança alimentar, em especial o Fome Zero.
Escolhido para ocupar a Secretaria de Segurança Alimentar e Combate à Fome, que
tinha status de ministério, no primeiro ano do governo Lula acabou preterido e
substituído por José Graziano. A secretaria foi depois incorporada ao
Ministério de Desenvolvimento Social e o Fome Zero passou a fazer parte do
programa Bolsa Família. “O que foi implantado no governo Lula não é o projeto
que tinha sido trabalhado no Instituto da Cidadania. O Fome Zero foi um
remendo”, afirma. D. Mauro lembra uma “conversa difícil”, em meados de janeiro
de 2003, com os ministros José Dirceu, da Casa Civil, e Luiz Dulci, da
Secretaria-Geral da Presidência, em Brasília. “Eu disse que não deveriam criar
um ministério, mas ter articulação transversal com vários ministérios. Ou todos
se envolvem ou não funciona.”
Embora reconheça méritos no Bolsa Família, d. Mauro
critica o fato de ser meramente assistencialista e não haver medidas para
garantir a autonomia das famílias. Ele lembra a experiência da Cesta da
Cidadania criada durante o governo Itamar Franco, quando ocupou a presidência
do Conselho Nacional de Nutrição e Segurança Alimentar. As famílias beneficiadas
se organizaram em uma associação e criaram um fundo, em que cada uma depositava
R$ 10 mensais, o que, em alguns meses, permitiu o funcionamento de um sistema
de pequenos empréstimos. “Considero o Bolsa Família uma grande medida, mas, em
nível nacional, ainda estamos trabalhando muito o assistencial. O que importa é
o direito, devíamos ter evoluído mais”, afirma.
D. Mauro também é crítico da política de
desenvolvimento dos governos petistas. “O governo Lula teve uma preocupação
muito grande e conseguiu socorrer muita gente passando fome, com o Bolsa
Família. Mas fez uma opção que agravou a situação. Hoje todos têm carro. As
cidades estão entupidas. Na área social foi feito um trabalho grande na
dimensão assistencial, mas não sentimos uma correção de trajetória do modelo de
desenvolvimento”, diz.
Aos 69 anos, antes da idade limite de 75 da
aposentadoria dos bispos, d. Mauro deixou o dia a dia da diocese de Duque de
Caxias para se dedicar com mais intensidade à causa da segurança alimentar e
combate à desnutrição. Defende a tese de que o combate à fome depende da
decisão política de governantes e sociedade. “Não é um problema divino, é um
grave problema social, de matriz econômica e solução política”, define. “A
política é construir o bem comum, planejar o desenvolvimento do País de forma
que todos tenham assento no banquete. Se você tem um Congresso em que o
deputado ganha R$ 35 mil, eu acho uma indecência diante do que o povo ganha.
Como vai trabalhar o bem comum?”, provoca.
Admirador do discurso do papa Francisco de
“desmistificação do papado”, d. Mauro diz se identificar com o pontífice,
especialmente pela atuação na periferia. “A experiência do papa Francisco foi
na periferia de Buenos Aires, o que não é diferente da periferia da Baixada
Fluminense. Francisco revelou que o papa é gente. Não se comporta como chefe de
Estado nem cacique da Igreja. O papa não é um deus. Na minha cabeça, quando
criança, Pio XII era um ser divino. Não se imaginavam coisas humanas, se ia ao
banheiro, se comia. Isso não volta mais”, diz. Rejeita, porém, soluções
mirabolantes como a venda de todo o patrimônio da Igreja para diminuir a fome
no mundo. “O papa tem na mão uma herança de que não tem como se desfazer, a
Santa Sé e a Cidade do Vaticano. Dizem ‘vende tudo e dá para os pobres’. Isso é
bobagem. Você tem um patrimônio cultural precioso para a humanidade. É ridículo
esse tipo de argumento. Vai entregar isso para quem?”
D. Mauro vive com uma aposentadoria de R$ 2.500
mensais e uma ajuda de custo para moradia. “Nunca tive vínculo empregatício com
governos. Vivo com minha irmã, modestamente. Digo para ela: ‘Diante do povo que
está aí, a gente é rico’. Não tenho parcerias com partidos, mas com governos.”
Está bem de saúde, embora um problema no esôfago o incomode de vez em quando.
Dirige o próprio carro, que comprou com ajuda de um amigo empresário.
No dia 31 de janeiro, um sábado, d. Mauro assumiu o
volante no fim da manhã em Itanhandu e percorreu 448 quilômetros até Penápolis.
No caminho, comeu pamonha e “esfirra de carne de excelente qualidade”, como
descreveu em detalhes no Twitter. Costuma dizer que as redes sociais são como
“sementes aladas”, que o vento leva e podem germinar, se a terra for boa. “Para
mim o Twitter é uma espécie de semente que você profere com bondade, com
esperança. Não tenho seguidores, o que faço é perseguir crianças desnutridas.”
Em duas semanas de descanso no sul de Minas, fez
caminhadas pelas montanhas e planos para o futuro. Quer construir na região um
centro inter-religioso de discussão sobre o meio ambiente e uma área dedicada à
agricultura familiar. Também planeja uma viagem a Brasília, para defender no
Congresso Nacional o aperfeiçoamento do Programa Nacional de Alimentação
Escolar. Pretende celebrar os 80 anos na nascente do São Francisco, na Serra da
Canastra (MG), pela simbologia de um dos mais vigorosos rios do continente.
“Todo dia me ajoelho, agradeço pela vida e peço a Deus: ‘Me guarde na fé e não
me tire o bom senso’”.
Fonte: Estadão
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,venda-a-casa-do-bispo,1630853#
Meio século de dedicação às causas sociais o faz ser o cidadão
do século , o perseguidor de crianças desnutridas! em busca de soluções que
possam aliviar a dor da fome que ainda graça em muitos lares de nossos
estudantes...
Dom mMuro , volto para mais um mandato de conselheira
pela Consea-MG representando a Crsans Vertentes I e quero muito dar continuidade
às bandeiras que nossa regional luta: Agricultura Familiar e Alimentação
Escolar. Ambas grafadas com letra maiúscula para destacar a importância de
ambas!
Sei que o Brasil pode mais e o povo quer mais e tem o
direito à alimentação violado TODOS os dias. Todo dia morrem de fome crianças e
idosos, todo dia falta alimentos imprescidíveis nas mesas e nas escolas de todo
o país!
O maior produtor de frutas do mundo é o que menos abastece
suas escolas, seus hospitais, suas creches, seus asilos...
Falta na
mesa de muitos e sobra nas contas da suissa o que daria pra alimentar bem
milhões de crianças e jovens!
Vamos iniciar já um movimento que dê
o destino correto do que for apreendido e ressarcido dos cofres públicos e
transformar a operação Lava-Jato em Comida -no Prato!
Devolver a riqueza de um povo ao povo é o mínimo que se deveria ser feito e passa a ser uma questão moral.
Anormal é continuar do jeito que está! Chega de toma-lá ,dá-cá e o povo sem ter o quê mastigar!
Frutas no pomar irão para a
Alimentação Escolar, agricultores semearão a justiça e colherão os frutos que
irão salvar a pátria amada antes que tarda !
Em Minas Gerais foi
aprovada a lei de iniciativa popular que prevê textos e alertas sobre Segurança
Alimentar e a hora é agora: imprimir na contracapa de cadernos escolares e
livros didáticos que o direito á alimentação está na Constituição1. Dicas de uma
boa alimentação, hábitos saudáveis, estímulo ao consumo de frutas, legumes e
verduras, no verão sorvetes funcionais e no inverno sopas que alimentam e nutrem
de verdade!
Já foi constatado que a maioria das escolas
brasileiras, municipais e estaduais servem a Alimentação Escolar, tipo almoço às
09e 30 da manhã! Isto é um absurdo!
Por quê o soldado almoça no
quartel na hora certa, o preso na cadeia, o paciente no hospital, o idoso no
asilo e crianças e jovens "brincam" de comer!
Às 9:30 h crianças e
jovens deveriam comer frutas, tomar suco, leite ou iogurte feito na escola e ir
brincar de pique, de queimada , de futebol, volley, amarelinha, jogar xadrez e
na hora do almoço( entre 11:30 e 12:30 aí sim, almoçam na escola.Os que
necessitam, de forma adequada, com TODOS os nutrientes que o Pnae
preconiza!
Como fazer acontecer com apenas R$0,33 que o
governo federal repassa para as escolas ? Como ofertar 3 frutas por semana e
proteína de alto valor biológico em TODAS as refeições??
Precisamos
conscientizar o executivo, o legislativo e o judiciário que o alimento salva mas
também mata! Agrotóxicos banidos em vários países continuam nas prateleiras e no
campo, matam agricultores, contaminam consumidores... Até
quando??
Volto ao Consea-MG repleta de ânimo para continuar com a
luta que mais amo: Agricultura Familiar e Alimentação Escolar, juntas pois elas
não se separam!
Att,
Analúcia Guimarães
Couto
Conselheira -Consea- MG- Crans vertentes I
Conselho Metropolitano de Barbacena- SSVP
Membro da Confraria de Ideias-
Barbacena- MG
Fonte: Estadão
http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,venda-a-casa-do-bispo,1630853#
Prezado Dom Mauro Morelli!
Me emocionei
com a matéria que o Estadão nos brindou hoje e me lembrei dos 70 anos do Sr e
até hoje guardo a filipeta da lembrança desta data e agora já são
80!Devolver a riqueza de um povo ao povo é o mínimo que se deveria ser feito e passa a ser uma questão moral.
Anormal é continuar do jeito que está! Chega de toma-lá ,dá-cá e o povo sem ter o quê mastigar!
Jantar na hora de jantar , após o turno da tarde e
antes do turno noturno que recebem jovens e adultos que saem direto do trabalho
para a escola.
Conselho Metropolitano de Barbacena- SSVP
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