sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PATRIARCA DA ESPERANÇA

Em Nova Iguaçu, nesta tarde de 07 de outubro, Festa de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja celebra a Páscoa do Padre Agostinho Pretto.

Em 1959, como estudante de filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, primeira capital do Estado do Rio Grande do Sul, encontrei um jovem padre comprometido com a evangelização segundo o método: ver, julgar e agir.

O seminário era invadido toda semana pela JAC,JEC,JOC, JUC, JIC e MFC. Entre os invasores se destacava Agostinho, o robusto padre da Juventude Operária Católica.

Seminarista de Dom Ernesto de Paula, primeiro bispo diocesano de Piracicaba, mal acreditava no que presenciava nos amplos corredores e salas daquele seminário.

Fui descobrindo um novo jeito de ser cristão e uma nova perspectiva para o pastoreio. Já se vislumbrava que um novo mundo é possível. Tudo pode ser diferente e melhor também na Igreja.

Além do Agostinho, como esquecer o bispo auxiliar Dom Edmundo e o Reitor de Viamão, Monsenhor Atílio Fontana, entre outros mestres da evangelização em diálogo com a vida do povo e sua cultura, com suas dores e alegrias, conforme logo em seguida viria ensinar o Ecumênico Concílio.

Nesta tarde, neste espaço bendito de comunicação, louvo a Cristo, Bom Pastor, pela vida e testemunho do padre Agostinho Pretto.

Padre Agostinho, puro como Abraão, grande como Moisés, teimoso como Jacó, austero como João Batista e fiel como José e Maria, era exímio articulador de energias e inciativas em favor da dignidade humana.

Que testemunho e legado deixa esse gaucho corajoso e ousado. Jamais dependurou as sandálias de pastor. Abrindo mão do próprio ninho, assentou a tenda de peregrino na Baixada Fluminense.

Como primeiro bispo da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, Agostinho sempre esteve a meu lado incentivando, apoiando e cobrando fidelidade ao povo da Terra Santa da Baixada Fluminense.

Profeta da Justiça nas relações de trabalho, como pastor amou seu povo até o fim, sem reservas e sem medo.

Cristo, nosso amado Mestre e Pastor, o Agostinho é teu. Guarda-o por todo o sempre no Teu Reino. Amém. Aleluia!

+Mauro Morelli, bispo católico e peregrino

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